segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Tetine: Entertainment N249


O underground já foi o eletrônico, conseguir aqueles sons mecânicos, precisos e espectrais, brutos, rosa, branco, cinza, noise. O eletrônico não é mais o underground. Apenas o underground pode isso, tornar o eletrônico algo falso para sentir-se novamente subterrâneo. O underground já foi o rock, com guitarra. A guitarra falsa tremula entre o falso som concreto e o falso som eletrônico, sob um sol niilista ou sob a lua em noites de eclipse. 


2 pontos pela guitarra, do começo ao fim, 1 ponto pelos eletrônicos descontextualizantes, e os contextualizados, 1 ponto pelos vocais, 1 ponto pelo audiovídeo de ultrarealismo digital, 1 ponto pela introdução e 2 pontos pela coda em 'fade out' que produz a transubstancialização da guitarra em relógio despertante, em mundo laico em sólida vida. 


Nota: 8




quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Boogarins: Lucifernandes


Quando viajamos encontramos uma única vez na vida cada uma dessas pessoa que topamos. Você conversa, algumas coisas mudam, não lembra mais do que falaram, não lembra dos rostos, dos nomes, você apenas se move adiante e mantém-se mais sensível à existência das pessoas e a seu próprio estado mutante. Os rostos esquecidos dos anos 60, começo a me sentir assim, mas com o sol na cara.  


Vale 1 ponto essa introdução com um motivo repicante, vale também 1 ponto a melodia vocal, sinuosa, obnubilosa, têm 1 ponto também para a fotografia/sonoridade, o clipe funcionou, O bônus... vc sabe, é para a coda, e os sons eletrônicos estão todos impecavelmente bem colocados, o bônus não é duplo porque não sei o que aconteceu com o ataque desse prato.


Nota: 5